sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Até já...

Encontrei-te por acaso, trazias no bolso aquele teu sorriso que me conquistou, e na mala o abraço que me aqueceu em tantas noites de Inverno.
Vi-te por acaso, ao cruzarmos aquela esquina que antigamente contornávamos, a rir, antes de nos separarmos por poucas horas.
Lembro-me que nessa altura um beijo ficava com saudades do outro, e os meu colo saía dali ainda com o teu perfume.
Sabes?! Continuo a deixar o teu lado da cama vazia...sei que o vais ocupar, exactamente naquela noite em que não estiver à tua espera...

Não esperes por mim


quinta-feira, fevereiro 15, 2007

O jasmim

A Primavera ainda não chegou. Não porque a chuva me tivesse dito, mas porque ainda não me cheira a jasmim.
No dia em que nascer a primeira flor terei a certeza que o sol vai aparecer, e a chuva vai acabar dentro de mim.
Até lá, sento-me na minha cadeira da marquise, abro mais uma págino do meu livro incabado e fico ali, a admirá-lo...

Sob um céu de Lisboa


segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Porque sim!

No outro dia encontrei aquela velha caixa de sapatos, dentro dela tinha uma incontável variedade de folhas de blocos coloridos...Na altura que as coleccionava usava botas ortopédicas e fazia colecção de bichos de conta e folhas coloridas. Numa delas (confesso que talvez numa das mais vulgares) encontrei um verso velhinho:

"Gosto de ti porque gosto, gosto de ti porque sim, gosto de ti se disseres, que também gostas de mim"

O cheiro da folha passou, a cor está gasta todavia o verso continua a ter alma e a dizer-me:
O amor naquela altura era também verdadeiro...Um poema não tem prazo de validade e guarda-se sempre dentro de uma caixinha...Tal e qual como no nosso coração

Caixinha de surpresas


Canção de embalar

Quando entra na sala tenho a sensação que entrou uma estrela, tal é a luz com que ilumina todos os recantos. O sorriso é mais forte que um dia quente de Verão, sem sombra e sem dúvida.
Olho pela segunda vez, e o olhar diz-me que é a luz de uma pequena chama que ilumina um interior mais triste: “é uma sombra que vive dentro de mim”… chora …Tal como a pequena criança que vê o brinquedo novo partido, e sente a ausência do abraço do pai, sempre a fugir.
“Eu não brilho, eu finjo que sou o Sol” diz soluçante, enquanto se deita no meu colo para dormir. Sonhos felizes, príncipe…que o teu reinado governe pelo menos nos teus sonhos.

domingo, fevereiro 11, 2007