terça-feira, agosto 25, 2009

Uma questão de sinalética

Antes mesmo de ir de férias resolvi, como habitualmente, fazer algo que os homens julgam apenas direccionado para eles, e algo impensável e/ou impossível de ser feito por qualquer mulher...ou seja calibrar pneus, colocar àgua e verificar o óleo...

Nada tão relativamente simples que não possa ser resolvido em qualquer uma das estações de serviço, onde, sem dúvida este tipo de homens pertence. Mas bom, tudo isto me parecia totalmente indiferente, se no seguimento da acção não se verificasse a habitual falta de jeito com as palavras que os homens têm...e, uma vez mais, na dificuldade que sentem em exprimir-se.
Depois de tratar da calibragem dos pneus, precisei de ir à casa de banho, que como habitualmente, está trancada a sete chaves, não vá alguém ter um desvario e roubar um rolo de papel higiénico, o piassá (ou piassaba) e até, na loucura, o suporte magnífico dos rolos.
Dirijo-me à caixa e peço a chave da casa de banho, juntamente com o simples pedido de informação : "onde fica a casa de banho das senhoras" é nesta altura que o único neurónio do empregado responde: "é a dos deficientes, não temos mais nenhuma, a wc dos homens e a dos deficientes" peguei na chave mas fiquei a pensar nisto duas vezes (e obviamente que do sorrisinho idiota do empregado percebi a provocação, mas de facto não valia a pena dizer nada).
Tive todavia vontade de perguntar... existem apenas mulheres deficientes ou será que os homens apenas urinam pelo sítio por onde pensam? Então temos aqui falta de sinalética... ou será de casas de banho...
Também existem outras coisas que me incomodam, mas que se houver um homem iluminado, ainda que momentâneamente que me responda, e berçários para mudança de fralda, existem individualmente, ou apenas nas casas de banho dos deficientes...ou das mulheres...
Já agora, calibrei as rodas e segui viagem, no meu chasso de 20 anos (um clássico, vá!)... e fui a conduzir... há coisas fantásticas não há?